Jorge Fucile.

Aquando da expulsão de Pennant, no último FC Porto-Liverpool, no Dragão.

FC Porto - Boavista.

Trinta adeptos da equipa visitante, contra vinte e seis mil da equipa da casa. Entre eles, contou-se com a presença do sempre aclamado Fernando, que faz questão de marcar presença em todas as vezes que o Boavista visita o Dragão. Escusado será dizer que não pára um segundo, deixando grande parte dos seguranças em alvoroço. Mas um alvoroço engraçado. Aqui, estava o segurança a dizer-lhe "não pode passar para lá desse painel branco, por isso, venha para este lado"... e cuja resposta foi: "mas daí não vejo nada, pá". Mas acabou por portar-se muito bem, o mesmo não acontecendo com os restantes elementos da claque. Eu sinceramente acho que algumas pessoas não vão ao estádio para ver futebol, mas sim para participarem numa espécie de maratona com os adeptos da equipa da casa, a ver quem profere mais palavrões por segundo... mas adiante!

Noto que, ultimamente, o Porto anda a jogar o estritamente necessário, dado que está a participar em algumas competições em simultâneo. No entanto, acho que a prestação da equipa, ontem, foi razoavelmente boa, tendo os já habituais picos.

Como habitualmente, gostei bastante da exibição do Tarik, que se está a revelar uma aposta semi-ganha do Porto. Porém, teve de ser substituído no meio tempo, uma vez que se encontrava a jogar em sofrimento, e também - segundo declarações de Jesualdo Ferreira no final do jogo - é preciso não esquecer o Ramadão.

Outro atleta que está a dar nas vistas, por assim dizer, desde há quatro jornadas, se não estou em erro, é o Lisandro Lopez. É incrível a quantidade de quilómetros que este homem corre, durante 90 minutos... está praticamente em todo o lado, não se cingindo apenas à linha da frente... o que nos leva a colocar o tal Quaresma (quase) em segundo plano. São jogadores completamente diferentes, é certo, mas o Lisandro luta muito mais do que o Quaresma, e só por isso já foram merecidos os dois golos que marcou.
O Zé continua em grande forma, mostrando também grande poder de concentração, o que se traduz numa finalização de jogadas praticamente perfeita.

O Boavista também desperdiçou algumas oportunidades de golo, mas não acho que tenha dado muito trabalho a Helton, que se encontra, neste momento, totalmente recuperado da lesão que o havia impedido de frequentar os relvados e defender as redes do Porto. Aquela foi também a noite do regresso de Adriano aos relvados, para a Liga, mas as oportunidades de golo, desde a sua entrada, não foram muitas... mas, pelo menos, já está de volta, e isso é que é realmente importante.

Todavia, posso dizer que o momento mais alto do jogo foi quando a claque do Boavista iniciou um cântico que era, tão simplesmente: "Avé Avé, Avé Maria... Avé Avé, Avé Maria." Aí sim, rimo-nos todos... no fundo até conseguiram fazer-nos sorrir, só pela originalidade.
O segundo momento foi quando um adepto do Porto que estava na fila atrás da qual eu me encontrava, pegou na música cujo refrão é "Um, Dois, Três, vou nascer outra vez", e em jeito de resposta àquele cântico "religioso" (mas pouco :-) ), gritou a plenos pulmões, em atitude plena e conscientemente azeiteira, virado para a bancada onde se encontrava a claque do Boavista: "UM, DOIS, TRÊS, CAUMPIÕES OUTRA BÊZ!!". Posso afirmar também que este foi o jogo mais engraçado a que assisti... de mais! A vida nas bancadas, por vezes, é a melhor parte dos próprios 90 minutos.


Na próxima quarta-feira temos a deslocação à Turquia, tendo jogo marcado com o Beşiktaş às 19h45 (hora de Portugal Continental), a contar para a 2ª jornada da fase de grupos da Champions.

Não me vai ser possível actualizar este blog antes de dia 8, uma vez que me encontrarei ausente, até essa data.

Mas até lá, Força Campeão.
Bem hajam.

Porto eliminado da Taça da Liga.

Acho curiosa a forma como algumas pessoas *vivem* o futebol. "Ei, o Porto perdeu!!! Espectáculo! Os meus pêsames!" (etc, etc, etc), quando nos outros jogos todos ninguém vem ter comigo manifestar-se, ou como se estivessem à espera que me descabelasse e começasse a atirar palavrões em todas as direcções, só porque o Porto perdeu. Tipo, não conseguem cingir-se a comentar o clube que apoiam? Ou... alguma vez leram aqui comentários a outras equipas ou, mais concretamente, às derrotas de outras equipas? Não... chama-se fairplay, e se calhar até tinha bastante material para transformar em texto... só que há pessoas que funcionam diferente. Cinjo-me ao clube que apoio. Perdeu? Ora bolas... :-) que chatice... mas se uma derrota do Porto é notícia, também o é a vitória de algumas equipas. Talvez seja isto que faça mais confusão.
Mas assim em jeito de despedida, talvez não fosse má ideia consultar o palmarés. É fácil, partindo daí, fazer o rácio. É o segundo post.

Paços Ferreira - FC Porto.

Um jogo de alto nível, de parte a parte. Intenso, como eu gosto.
Edgar jogou de início, e mostrou que merece um lugar na equipa. Tarik jogou apenas nos 10 minutos finais, e quase que ia marcando o terceiro, na noite em que aconteceu o Bis de Lisandro.

Gostei de ver este jogo, e destaco apenas uma frase dele mesmo, já nas entrevistas finais: à pergunta "O que tem a dizer sobre o facto de estar entre os melhores marcadores da Liga?" feita por um jornalista da TVI, este respondeu "não estou preocupado em ser o melhor marcador... apenas quero voltar a ser campeão".

Quarta-feira temos encontro marcado em Fátima, num jogo a contar para a Taça da Liga, e no Sábado, a partir das 21h15, recebemos no Dragão o Boavista.

Vinte e oito.

A notícia pela qual eu ansiava... Adriano já treina sem quaisquer limitações. A mesma foi oficializada na página do FC Porto, e a sua reintegração vem ajudar a compor a linha de ataque.
O Porto precisa de um Avançado, de alguém que esteja na linha da frente pronto a receber a bola, e que coloque o golo na boca do Estádio.
Bem-vindo de novo, Adriano.
Força...
Joga bonito!

FC Porto - Liverpool.

Faço questão de iniciar este post com uma apreciação do comportamento dos adeptos do Liverpool. Estando eu exactamente ao lado do espaço reservado para acolher os adeptos Ingleses, de facto não pude deixar de reparar no quão positivo é quando existe fair play, começando por uma claque apoiante. Foi um verdadeiro exemplo de civismo, não tendo eu presenciado nem nenhuma das outras 41.206 pessoas presentes naquele Estádio, qualquer tentativa de evasão, nem de falta de respeito. Foram lá unica e exclusivamente para apoiar o Liverpool, não exibindo as suas barrigas, não fazendo gestos obscenos, não tendo atitudes ditas de baixo nível nem provocando os adeptos do Porto. Nunca tinha presenciado nada deste género, nem mesmo com os adeptos do Chelsea, na época passada. Para eles, e como se diz no seu idioma, You have my bow.

Como seria de esperar numa competição de nível internacional, o espectáculo foi apaixonante. Começando pelos adeptos do Porto, que desde cedo manifestaram o seu total apoio à equipa, passando também pelo voz off, sempre de alto astral, e terminando na reciprocidade do espírito de "até os comemos!" dentro das quatro linhas.

O Porto teve um arranque de jogo simplesmente brutal, fazendo-me lembrar os bons velhos tempos. A mensagem "até vos comemos!" foi interpretada com sucesso por todos aqueles que assistiam aos momentos iniciais de jogo, quer no Estádio, quer pela televisão. Basicamente, os primeiros 18 minutos de jogo, foi Porto.

Ainda o relógio da partida marcava 8 minutos decorridos, quando Tarik sofreu falta na grande área do adversário, tendo o juiz da partida assinalado grande penalidade, que não podia ter sido melhor convertida por El Comandante, o nosso Lucho González.
A partir daí, e raios me partam, a equipa recuou, como sempre acontece quando marca um golo importante. O Liverpool foi aproveitando os espaços deixados em branco em alguns locais do campo, e consegue, aos tais 18 minutos, reduzir o resultado para um empate. Tive uma sensação de déjà vu, tal como havia acontecido no jogo contra o Chelsea, quando se deslocaram ao Dragão em Fevereiro passado. O jogo foi perdendo intensidade, baixando um pouco de qualidade, e o ambiente no final da primeira parte, já era morno.

O árbitro dá início à segunda metade de jogo, e vejo um Porto de novo brutal, levando tudo à frente, na tentativa de marcar outro golo... o que não aconteceu. O caso mais escandaloso foi o remate de Quaresma, que foi defendido já na linha de golo, por um jogador do Liverpool...
Mais à frente, Fucile (doravante tratado por Jorge) sofre uma carga de um jogador da equipa adversária, e o juiz da partida mostra o segundo amarelo ao referido jogador... Mas algo que a televisão não mostrou, por as câmaras estarem por trás do Jorge, foi a cara dele quando "mandou" o Pennant para a rua; estando eu exactamente de frente para o Jorge, pude rir com toda a força quando o vejo a passar na linha de fundo, e a olhar para os adeptos do Liverpool, com a habitual carinha de malandro, que transmitia a mensagem "viram?... um já foi...", o que fez com que fosse fortemente assobiado de cada vez que pegou na bola, daí em diante... mas fortemente aplaudido (ora pois) por todos os Portistas que estavam na mesma bancada que eu, e que assistiram à cena. Tenho pena de não ter conseguido registar esse momento!
Mas de facto, Liverpool a jogar com 10, seria uma oportunidade a não desperdiçar... mas que acabou por sê-lo. O Porto não conseguiu finalizar da melhor maneira qualquer um dos remates que fez à baliza do adversário, até ser dado o apito final. Assim, o jogo terminou empatado, ficando o Liverpool com melhor goal average.

No final, o jogador eleito pela UEFA como tendo sido o melhor em campo, foi Quaresma... ora, eu pessoalmente discordo de tal decisão. Concordo, contudo, que jogou bem, mas não acho que tenha sido o que mais lutou. Para essa categoria, elejo o Bosingwa e o Fucile, em ex aequo, e sem qualquer hesitação.


Este foi o primeiro encontro de gigantes. Espero que as coisas melhorem, a partir do próximo jogo, pois confesso não ter ficado totalmente convencida com a exibição do Porto, neste jogo em concreto. E não vale a pena dizer que a culpa é de A, B ou C... não se trata de uma questão de culpa, mas sim de um método a ser criado por toda aquela equipa técnica, que nos faça esquecer um pouco a falta do Postiga, e também do Adriano... o saudoso Adriano, por quem eu tenho um enorme carinho (não só pelo jogador, mas também pela pessoa... e mais não digo...). O Porto precisa de um Avançado com letra maiúscula, e essa competência, no meu ponto de vista, não pode continuar a ser delegada no Lisandro.

O próximo encontro é em Paços de Ferreira, onde se disputa a jornada 5 da Liga. Vamos ver como correm as coisas.

Bem hajam.

UEFA Champions League.

Ceux sont les meilleurs equipes,
Es sind die aller besten Mannschaften, the main event.
Die Meister, die Besten, les meilleurs equipes, the champions.
Les grandes et les meilleurs!
Eine grosse stattliche Veranstaltung, the main event:
These are the men,
Sie sind die Besten,
These are the champions!
Die Meister, die Besten, les meilleurs equipes, the champions.
Die Meister, die Besten, les meilleurs equipes, the champions.

--ou--

As melhores equipas,
As melhores equipas, o principal evento.
Os mestres, os melhores, as melhores equipas, os campeões.
Os grandes e os melhores!
Um grande, um soberbo encontro, o principal evento:
Estes são os homens,
Eles são os melhores,
Estes são os campeões!
Os mestres, os melhores, as melhores equipas, os campeões.
Os mestres, os melhores, as melhores equipas, os campeões.


Está na hora.
Até amanhã.